Conforme o estudo Violência e convivência nas escolas, desenvolvido pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) em parceria com a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF), a maioria dos cerca de 10 mil jovens, de 84 escolas da rede pública de ensino, quando questionados sobre seu futuro, responderam que acreditam continuar a estudar. Porém, grande parte dos 1.300 professores e diretores responderam acreditar no abandono dos estudos por parte dos alunos.
Para a coordenadora da pesquisa, Miriam Abramovay, dois motivos contribuem para essa resposta negativa dos professores:
1. A dificuldade que o professor encontra para lidar com a escola composta por jovens pobres;
2. O preconceito com o alunado que está vivenciando a adolescência.
Segundo Miriam, “o docente não é preparado na faculdade para lidar com esse perfil de aluno real. Isso contribui para que tenha uma visão negativa das classes sociais e da juventude de uma forma ampla. O professor atribui a maioria do caos escolar a fatos externos – a rebeldia do aluno, a família desestruturada, a política pública ineficaz. O que não deixa de ser fato. A questão é o docente não fazer uma auto-análise para saber se ele também não faz parte do problema”.
continua...
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